domingo, 31 de maio de 2009

Despedidas em escala.....

Outro dia uma amiga falou que para ela existia uma escala na despedida de cartas e e-mails.
Sua tese é interessante:
  • se a despedida for att., a formalidade e a impessoalidade são tamanhas que não se chega a escrever por completo;
  • já o atenciosamente demonstra um respeito formal, consideração;
  • se vc receber abraços, pode contar com respeito e um certo apreço...
  • você pode receber também beijos, ou bjs, alguém que gosta de vc, mas sendo no plural, talvez seja uma despedida em larga escala, vc e outros mais recebem.
  • agora, se vc recebeu um beijo, fique feliz, este é só seu, há algo especial aí...

Entretanto existe um problema, nem todos conhecem a 'escala da despedida' da minha amiga, então toda teoria pode ir por terra quando no próximo e-mail vc receber um beijão! (hahahahahaha)

sábado, 30 de maio de 2009

Busco a simplificação e isto às vezes é muito complexo...que ironia!

Trilhas e caminhos

Fico pensando na diferença entre trilhas e caminhos...não consultei o dicionário, acho que pode quebrar o encanto....opto pelas sensações, sons e tons.
Nos caminhos sinto a pré existência, a concepção prévia, por mais rústico e sinuoso, alguém o definiu, seus tons e sons já são conhecidos.
As trilhas me parecem indefinidas, surpreendentes...mesmo já percorridas, permanecem capazes de nos assombrar, são portas para o inusitado.
Talvez a trilha seja a pré existência do caminho. Se muito percorrida, vai definindo contornos, criando formas, seus tons e seus sons passam a fazer parte do mapa.
Conheço gente que percorre trilhas, outros caminhos. Admiro!
Quanto a mim, a inquietude me provoca a percorrer trilhas e caminhos!

O desafio é, em alguns momentos, escolher qual seguir.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Filosofia de quintal

Meus conhecimentos da Filosofia acadêmica são poucos, aliás, na verdade, desconheço os limites da minha ignorância.....
Já tive meu tempo de Filosofia de botequim, por considerar muito passiva, reduzi as horas de prática....
Hoje quero viver mais a Filosofia de quintal....
Explico, lembro muito de meus avós, que ao tratarem seus quintais observavam a vida que nele se desenvolvia e dali surgiam muitos conhecimentos e inspirações.....no quintal a interação é maior, entre limpeza, plantio, rodas de prosa e a observação do que acontece, está o ‘resumo’ do ciclo da vida ...nele existe a possibilidade de surgir espontaneamente uma compreensão do nosso desconhecimento e do quanto os ‘controles’ são ilusórios e frágeis....enfim, dá uma noção do tamanho de nossa ‘humanidade’ e uma oportunidade de, com humildade, nos reconhecermos nos detalhes...
Adoro as possibilidades que a tecnologia nos oferece, entretanto, acredito que muito dos desafios de nossa sociedade vem da diminuição do número e do tamanho dos quintais....

O Tempo

O que é esta tal relatividade que uma década demora um segundo e um minuto vale uma vida?
Que hora é essa que pode se tornar eterna?
Não compreendo a métrica.
O corpo, a mente e o coração tem a mesma sincronia e sintonia?

terça-feira, 26 de maio de 2009

A adversidade da diversidade!

Um dia li ‘quanto cabe no seu todos?’ e pensei ser uma resposta óbvia....aí me dei conta: diversidade deriva de diverso e diverso abrange tantas coisas (vários, muitos, distintos, diferentes) que corre o risco de não dizer nada. Os muitos se diluem, desaparecem, evanescem!

Afinal, na diversidade estão também as contradições, os paradoxos, sinônimos e antônimos, as
in-com-pa-ti-bi-li-da-des. Aí vem: quanto estamos preparados para as incompatibilidades? Onde estão as conexões que podem reunir as diferenças? É suficiente tolerar? Neste caso, tolerância parece questionável, uma simulação do ato de aceitar (aceitar é respeitar?).

Que perigo! Enquanto estivermos ‘ligados’ podemos controlar ações e pensamentos, mas se nos distraímos e o piloto automático toma conta, abrimos espaço pro ‘ato falho’, o ‘estranho’ se concretiza e como tal não reconhecemos qualquer possibilidade de aproximação, de acolhimento ou, no mínimo, de aceitação do diferente.

A diversidade, mais do que um jogo de palavras, traz em si a adversidade da própria aceitação de tantos muitos (que redundância!), do assombramento daquilo que desconhecemos, do subliminar perigo existente no diferente.

Talvez isto tudo possa auxiliar no entendimento de tanto medo, violência, irresponsabilidade, individualismo e distanciamento humano e social. Não reconhecemos mais quem esta a nossa volta, há muitos ‘diversos’, muitas possibilidades incontroláveis e de 'risco' trazidas pelo desconhecido.

Voltando ao início, em época de tantas mudanças e transformações, de tantas contradições, tribos e possibilidades de existir, pergunto: Onde está a chave para incluirmos ‘todos’ no ‘todo/tudo’? Ou talvez: O que é necessário desarmar para aceitarmos diferentes existências?

Uma dúvida....

De tantas dúvidas que eu tenho, uma delas é de quantos graus se faz um horizonte?
Isto não é loucura não!
Olha, do que tenho observado, a largueza do horizonte e do mundo variam muito. Tem pessoas que enxergam por um buraco de agulha, outras conseguem olhar por binóculo. AH! E tem aquelas que mais admiro, as que enxergam além do horizonte!
Nossos horizontes, além do geofísico, podem ser o do conhecimento, ou quem sabe, o de alma.
Seja qual for, o importante é permitir que se alargue, e quem sabe um dia, possamos realmente 'perdê-lo' de vista.
Inté!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Senhor,


Pelo dom da vida que me destes, agradeço e, humilde, vos peço:
dai-me a paz de espírito, mas a mente inquieta para criar;
o descanso merecido, mas o corpo incansável para realizar as boas obras;
alguma ilusão para enganar a vida, mas desilusão para não viver em falso;
um pouco de sabedoria para conhecer as coisas do mundo, mas outro tanto de ignorância, para não compreender os mistérios;
a alegria da plenitude, mas a eterna carência que impele a novas buscas;
a graça de não ter nada a esconder e ao menos um segredo para guardar;
a força para seguir em frente e apoiar o próximo, e também a fraqueza para me deixar apoiar; uma vida cheia, mas que me permita viver o vazio;
Dai-me, Senhor, um pouco de tudo e de seu infinito amor, para que muito mais venha a merecer.
Amém

de Márcio Simeone

As palavras do Márcio mais uma vez conseguem dizer o que gostaria, então, antes de plagiar, peço licença e assino embaixo! Tks por tê-las escrito!

domingo, 24 de maio de 2009

Mais que uma apresentação, um convite!

HumanoSer Será é um espaço para comentar a vida do ‘ilustre Ser’ que habita este planeta, sem a pretensão de ‘verdades’, julgamentos e certezas. Reconhecendo as possibilidades e as várias formas de ver, sentir e ouvir a realidade que nos envolve, uma vez que são muitas histórias e contextos, permito-me desconsiderar qualquer manifestação de preconceito, violência e discriminação.

Se o principal ator é o HumanoSer, toda sua complexidade e vivência, os temas apresentados serão variados, expressos através da literatura, economia, política, comunicação, meio ambiente, música, artes, trabalho, família e tantos outros.

Assim, como uma representante deste HumanoSer, consciente das certezas, dúvidas e paradoxos que habitam em mim, desejando simplificar, curiosa e com ‘ganas de vivir’, proponho um território para o lúdico, o espirituoso (e porque não espiritual?), o crítico, o filosófico e o despretensioso comentário do viver.

Acredito no potencial de múltiplos olhares, então, além da participação de amigos, deixo um convite para manifestações, contribuições e comentários de todos que se identificarem com o blog.